terça-feira, 16 de agosto de 2011

Coisas que aprendi no 4ºEBA: Criando uma falsa estrela polar para o hemisfério sul

O céu do hesmifério sul é melhor do que o do hemisfério norte, isso ninguém pode negar. Com as nuvens de magalhães, o aglomerado Omêga Centauro e Galáxias como Centauro A, M83 e NGC 4945 brilhando sobre nossas cabeças, nós do Sul temos um show particular, que nossos colegas mais ricos do Norte não podem ter perto de suas casas.

Mas como faz falta a tal de estrela polar, não é? Basta apontar o telescópio polar para ela e pronto, você está com ele alinhado. Nada de ficar duas horas mexendo a montagem pra lá e prá cá até as estrelas ficarem redondas por pelo míseros 30 segundos (Tá bom! atualmente eu levo 20 ou 30 minutos, mas no começo eram duas horas, ou mais).

O Maciel, do CASB, fez um registro da falsa estrela polar.

Mas durante o EBA eu descobri um método que me permitiu fotos de até 90 segundos para objetos localizados no zoodiaco e de até incríveis 3 minutos para a pequena núvem de magalhães, por exemplo, sem a necessidade de se usar autoguiagem e de se gastar disparos da sua máquina para ajustar (eu costumo ir tirando fotos até encontrar um bom alinhamento). Esse método, executado pelos astrofotógrafos mais experientes que lá estavam, consistia em criar uma falsa estrela polar com um daqueles lasers verdes.

O processo consiste em identificar o polo celestial sul,  através de algumas estrelas conhecidas, algo que eles faziam com binóculos, apontar o laser para aquele ponto e deixar fixo, com um pequeno tripé. Assim, todos que apontassem os telescópios solares de suas montagem para a estremidade final do laser, encontrariam um excelente alinhamento.

Telescópio polar da CG5. Ele é vendido separado. Na minha opinião, tinha que vir junto com a montagem.
Eu não tinha um telescópio polar (isso entrou para minha lista de desejos), mas um amigo do CASB tinha. Ele emprestou para um e este depois passou para mim. Devo dizer que no começo eu fiquei meio cético, mas depois fiquei impressionado com o resultado. Coloquei o pequeno telescópio na montagem e olhei por ele, ajustei a latitude e a longitude para que o final do laser ficasse bem no centro. E voalá! Tive um telescópio alinhado de uma forma que eu não tinha visto ainda.

Eu quero aprender a dominar esta técnica. Mas para isso preciso adquirir um telescópio polar, que é muito difícil de achar no Brasil, e também um laser e um tripé firme para manter o laser apontado para a estrela. Quando eu tentar fazer a minha falsa estrela polar, eu conto como foi.

Abraços a todos



Eu, simulando estar observando pelo telescópio polar.
 

2 comentários:

  1. Gosto muito de suas fotos, mas queria saber se você pode tirar uma foto da grande nebulosa de Órion. Fica na "saia" da constelação, abaixo do cinturão. É facilmente vista por binóculos, mas uma nebulosa é uma nebulosa.
    Obrigado.

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  2. Eu podia ter tirado uma fato da Nebulosa de Orion durante o EBA, mas estava tão focado na Nebulosa de Cavalo que não sobrou tempo pra Orion.

    Assim que eu tiver uma oportunidade juro que vou tentar fotografá-la!

    Abraços
    Rodrigo

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Eu tenho me esforçado para responder todos os comentários, mas posso demorar um pouco, ou mesmo esquecer algum. Por isso, peço paciência e não fiquem constrangidos de me darem um toque, caso eu esteja demorando demais.