segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Minha melhor foto com o Coronado PST (Até agora)


Atenção - Foto tirada com telescópio solar com filtro H-alpha. 
Nunca aponte um telescópio ou câmera fotográfica para o Sol sem filtro específico para isso.


Eu estou aqui na maior expectativa da chegada do filtro C-ERF de 90mm e das câmeras Imaging Source que foram encomendadas do site BS-Astro de Portugal. Enquanto isso vou me virando com a Neximage e o Coronado PST com seus 40mm originais. Mas posso dizer que tenho conseguido bons resultados. Ontem consegui aquela que é com certeza a foto que mais me agradou até agora.
O resultado está entre os melhores que se pode conseguir com um Coronado PST e a câmera SPC900nc/Neximage. O segredo, para variar, é o uso do mosaico. Foram várias fotos tiradas com o Neximage e uma Barlow 2x. O resultado são imagens de pequenos pedaços do Sol. Se fosse vistas isoladamente, estas imagens não pareceriam tão boas, até um pouco fora de foco, na verdade. Mas juntando várias imagens e diminuindo o tamanho delas, a resolução fica muito boa.

Eu também acertei pra valer na configuração da captação ontem, através do programa Amcap. O Coronado é muito manhoso para configurar os parâmetros na hora da captura, pois a intensidade da luz solar varia muito, por isso nem sempre eu acerto na configuração da câmera.

Aqui uma outra imagem de outra região do Sol, no mesmo momento.

domingo, 30 de outubro de 2011

O equipamento ideal para Astrofotografia planetária e Lunar.

Fábio Plocos, o mais respeitado fotógrafo planetário brasileiro, com seu telescópio de 10 polegadas construído pelo Darío Pires.

Recentemente fiz um post sobre qual seria o equipamento ideal para Astrofotografia de céu profundo. Mas apesar de ter especificado que era para céu profundo. Tenho receio que algumas pessoas confundam, achando que o setup que funciona bem para céu profundo, também funcionará para a fotografia de planetas e da Lua, mas nem sempre isso acontece. A fotografia planetária exige um equipamento sensivelmente diferente da fotografia de céu profundo.

Montagem: Não existe a necessidade que a montagem seja tão robusta em relação ao telescópio quanto para céu profundo, já que os tempos de exposição são de centésimos de segundo e não minutos, ou mesmo horas, como em fotos de nebulosas e galáxias. Até mesmo com montagens sem acompanhamento, como as dobsonianas, é possível tirar ótimas fotos de planetas e da lua, pois o programa Registax fara o alinhamento das imagens, mesmo com o planeta em movimento. Mas é claro que uma robusta montagem com motorização sempre tornará as coisas bem mais fáceis.

Câmeras: A fotografia planetaria não é obtida através de frames com longos tempos de exposição, muito pelo contrário, ela é feita com filmagens, de preferencia as mais rápidas. Os melhores resultados são obtidos geralmente com filmagens de 60 frames por segundo.  A resolução da câmera não importa tanto (a não ser para campos maiores da Lua), o padrão é 640x480. Eu posso apontar três boas câmeras planetárias para estágios diferentes de boa astrofotografia planetária:

  • Inicial - SPC900nc, Neximage ou outras boas webcans com sensor CCD. - Valor: em média 80 a 100 dólares.
  • Intermediário - Imaging Source DMK21 (monocromática) -Também tem o modelo colorido (DBK21), que é mais fácil de usar, pois não precisa de roda de filtros e nem o trabalho de juntar as imagens depois, mas os resultados são bem inferiores. Eu recomendo o modelo preto e branco mesmo - Valor: em média 400 dólares. Procure a com entrada USB 2.0, que é muito mais fácil de instalar do que a com cabo firewire.
  • Expert - SkyNyx 2.0 - Valor: em média 1000 dólares. É a câmera usada pelo Fábio Plocos, considerado o melhor astrofotógrafo planetário do Brasil.

Telescópio: Para planetas e a Lua, a abertura reina. Se você quer tirar fotos realmente boas, que sejam admiradas pelos melhores astrofotógrafos, nem pense em menos do que oito polegadas. É claro que dá para brincar com aberturas menores, principalmente com um bom cassegrain. Fotografia planetária é uma área onde refratores apocromáticos quase não são utilizados devido ao baixo custo benefício.

Para fotografia planetária não é necessário um céu escuro, por isso é possível tirar excelentes fotos de Júpiter, Saturno e da Lua, mesmo no centro de regiões metropolitanas. É mais um motivo para um telescópio de grande abertura, pois você não terá que ficar viajando com ele para tirar fotos de planetas se pode fazer isso do seu quintal. Normalmente se sai da cidade é para se fotografar objetos de céu profundo.

Apesar de telescópios para céu profundo e planetas serem bem diferentes, você pode usar a mesma montagem para os dois telescópios.Uma CG-5 aguenta bem apenas pequeno refrator APO para céu profundo, mas para planetas não há problema em colocar um refletor de oito polegadas e até mesmo um de dez (embora para esse tamanho uma EQ-6 seja preferível). Um refrator apocromático de 4 polegadas e um refletor de 10 polegadas, mais uma EQ-6 são uma maravilhosa combinação para aqueles que quere fotografar planetas e céu profundo. Na cidade, coloque o refletor sobre a EQ-6 e quando puder ir para um céu escuro, deixe o refletor em casa e leve o refrator junto com a montagem.

Impressionante imagem de Júpiter registrada pelo Plocos. Veja mais em www.cyberplocos.com.br/

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

M11 - Pato Selvagem, mais uma foto tirada da Janela do Apartamento

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Eu sigo tirando fotos da janela do meu apartamento e, honestamente, tenho ficado feliz com a melhora que tenho conseguido nas fotos. Estou menos receoso em relação a poluição luminosa do Guará. Ela incomoda e aparece nos frames sim, mas com um bom processamento depois, é possível tirar muita coisa.

A foto acima foi procesada com 56 frames de 30 segundos em ISO 6400. É um bom tanto de frames. Também não estou exitando em usar o ISO da Câmera no máximo. É claro que isso gera mais ruído, mas uma foto de 30 segundos de exposição com ISO 6400 é muito parecida com uma de dois minutos em ISO 1600. Então, como meu telescópio não é fixo, acho que vale muito a pena jogar o ISO lá emcima, pois não conseguiria dois minutos de exposição de meu apartamento, ainda mais por que aqui não consigo usar a Neximage para autoguiagem (a não ser que haja uma estrela como Antares, ou Mimosa por perto para guiar). Para amenizar o ruído causado pelo ISO alto basta aumentar o número de frames que a situação melhora muito. Nessa foto eu ia tentar até mais frames do que consegui, mas depois do número 56, nuvens começaram a cobrir o céu e tive que parar.

Uma coisa que me deixou feliz, é que estou notando que em época de chuva temos poucas oportunidades para fotografar o céu, mas quando o tempo limpa o céu surge com muito mais qualidade do que na época da seca. Há menos poeira no ar e por isso a poluição luminosa espalha-se bem menos. No final da época da seca estava praticamente impossível tirar fotos daqui do Guará, mas agora, cada vez que as nuvens vão embora, tenho um céu bem interessante para trabalhar. Nunca vai ser como o céu da Chapada, nem mesmo como o da Chácara onde meus pais moram, mas dá para brincar com aglomerados globulares e abertos e quem sabe posso até tentar uma nebulosa mais brilhante. Aguardem.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Aglomerado Globular M2 - Da Janela do Apartamento

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A verdade é que, até esses dias, eu andava um pouco sem vontade de usar a Canon T2i para astrofotos, o motivo foi que eu tinha tentado limpar o sensor da câmera e tinha conseguido foi é deixar ele uma nojeira. Percebi isso ao tentar uma foto de M7 e, na hora de ajustar o contraste, identificar uma série de nebulosas escuras que não existem. 

Mas um amigo me indicou a Tecnofoto, uma assistência técnica da Canon, onde o Alberto limpou o sensor da câmera para mim. Não foi muito barato a limpeza (65 reais), mas acho que valeu muito a pena. E para me ajudar mais ainda, após duas semanas de nuvens, ontem finalmente o céu resolveu limpar um pouco. então, mesmo sendo domingo e eu tendo que acordar cedo no dia seguinte, decidi tentar umas fotos.

O Alvo foi M2, um interessante aglomerado globular em Aquário, que estava passando na minha janela no horário. Apesar de ter que movimentar o telescópio para fotografá-lo (eu tinha tirado outras fotos antes), o alinhamento ficou foi melhor do que estava antes e consegui frames razoáveis de 20 segundos. Para compensar o pouco tempo de exposição, joguei o ISO lá em cima, para 6400. E para compensar o ISO muito alto, tirei 42 frames a acho que poderia ter tirado até mais!


É uma foto simples, mas inédita para mim e isso é muito legal. além disso, cumpre a função de divertir este humilde astrofotógrafo.

domingo, 23 de outubro de 2011

Três interessantes "fails" do EBA e da Pousada Citates

Resolvi publicar três fotos que já estão há um bom tempo mofando no disco rígido do meu computador, por que considero elas como fails. É claro que muita gente diria que são otimas fotos, que eu estou exagerado, mas essas fotos para mim definitivamente nunca estiveram entre minhas preferidas, por que eu tenho certeza que teria conseguido muito mais se tivesse feito as coisas certas.

Nebulosa da Lagosta


Tirada na Pousada Citates, Foram 8 frames 90 segundos de exposição em ISO 3200. Eu poderia ter tirado mais frames e ter aumentado o tempo de exposição. Havia também uma certa poluição luminosa onde eu estava no local e um bom filtro contra isso teria ajudado muito. É possível tirar a vinhetagem que aparece no lado direito inferior, mas prejudica muito a nebulosa.

M27 com Barlow


Tirada no último dia do EBA, de todas, essa pode parecer a que menos merece estar aqui. Para tirar a foto acima eu estava testando o uso de uma Barlow 2x da Televue. Isso faz com que o tempo de exposição tenha que aumentar em quatro vezes. O problema foi que eu desisti muito rápido achando que não daria bons resultados. No fim, acabei completando com alguns frames de quando eu estava ajustando o telescópio. Se eu não tivesse desistido e tivesse tentado uns dez frames a mais, teria conseguido uma excelente foto. Foram ao todo 6 frames, sendo 3 de 4 minutos em ISO 3200, um de 74 segundos também em ISO 3200, outro de 168 segundos em ISO 1600 e outro de 4 minutos em ISO 1600. em resumo uma bagunça só. Mas a foto mostra que, com paciência, e uma câmera modificada, eu poderei conseguir excelentes resultados com a Barlow 2x (uma montagem mais robusta também ajudaria).


Nebulosa escura na Coroa Austral.



Está tudo errado nessa foto. Trata-se de um pedaço do grande complexo de Nebulosas Escuras na Coroa Austral. Eu não sei exatamente como esse pedaço se chama, nem se ele tem um nome. A grande dificuldade dessa foto era que eu não conseguia ver a nebulosa pela ocular. Essa foto também teria ficado muito melhor numa câmera modificada e numa distância focal menor (talvez uma lente de 135mm). A imagem foi conseguida através de 9 frames de 4 minutos em ISO 1600.

enfim, todas as três fotos são consideradas fails por que não acho que merecem ir para minhas galerias. Eu espero fazer as três tentativas novamente e, dessa vez, conseguir tirar essas fotos do jeito que deveria ser!

sábado, 22 de outubro de 2011

Fotos Tiradas com Refratores baratos de 60mm

Resolvi dar uma pesquisada na net para um assunto que interessa a muita gente que comprou um desses refratores de 60mm e quer saber do que eles são capazes: fotos tiradas com refratores de 60mm. É uma pesquisa que tive que fazer com atenção, para não misturar fotos tiradas com Tascos e Greikas de 60mm com um Apo Takarashi com lente feita de fluorite, que são categorias completamente diferentes de telescópios. Procurei por imagens conseguidas com refratores baratos, que costumam ser adquiridos por leigos em Astronomia.

Lembrando que eu não recomendo estes telescópios. Esse post é mais voltado para quem já comprou um telescópio desses e agora quer ver o que dá pra fazer. Esses são exemplos do melhor que você pode conseguir com um refrator de 60mm, desses comprados em Shoppings.


O Giovani Capae, de Belo horizonte tirou essa foto de Júpiter com um Meade de RB-60mm F700 e uma câmera Sony Dsc-V3
O Luiz G. M. Gouveia, de Portugal fez essa imagem de Vênus com um Optisan 60mm e uma Canon PowerShot S4
O Maurice Collins fez essa da Lua
O Ednilson Oliveira de São Paulo tem dezenas de fotos tiradas com um refrator de 60mmF15. entre elas, a que você vê acima
O Luiz G. M. Gouveia também fez essa de Saturno com o Optisan 60mm

O Steve, da inglaterra, conseguiu essa imagemde Marte com uma Toucam Pro modificada e o telescópio de 60mm sobre um telescópio maior, em PiggyBack http://www.g4aqb.org.uk/



Com um refrator em montagem equatorial com acompanhamento e uma Nikon Coolpix L16, o Marvin M. Jaen, das Philipinas, fez esta ótima imagen da Lua

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Russell Croman - O melhor astrofotógrafo que vi até agora!

Eu tive que fazer um post sobre Russell Croman, astrofotógrafo que descobri ao procurar informações sobre mapeamento de cores em astrofotografia. É claro que existem inúmeros excelentes astrofotógrafos no mundo todo e também no Brasil. Mas este astrofotógrafo que vive no Texas, é pra mim o que possui os trabalhos mais admiráveis que já vi até o momento, com fotografias de tirar o fôlego. Como a da Nebulosa da Lagoa - M8, que você pode ver abaixo:


Essa técnica de mapeamento de cores, por sinal, é impressionante. É com este tipo de técnica que são processadas as magníficas fotos do Hubble. Eu confesso que ainda sei muito pouco de sua metodologia, mas sei que para utilizá-la é preciso fotografar com filtros especiais. Ela é para astrofotógrafos que já estão no estágio máximo de sua evolução. Quem sabe um dia eu não chegue lá!

Enquanto isso, confira as belíssimas fotos de Russell Croman



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Guia de Modificação de uma Canon DSLR para astrofotografia



Esses dias achei um site que gostei muito. Ele ensina passo-a-passo como modificar a sua câmera Canon DSLR para o uso em astrofotografia. Para quem não sabe, as câmeras DSLR possuem um filtro antes do sensor, que busca corrigir a luz infravermelha que chega a câmera. Isso ajuda na captação de imagens normais, mas prejudica muito a astrofotografia por que imperde uma grande quantidade de luz vermelha da nebulosas de emissão de chegarem ao sensor. Sem esse filtro, aquela foto da via-láctea que tirei em Piggyback mostraria inúmeras nebulosas com muito mais evidência.


Pode parecer que a falta do filtro prejudicaria somente as fotos de Nebulosas e não de Galáxias, como já até me disseram, mas na verdade prejudica demais as fotografias das galáxias, por que toda galáxia tem inúmeras nebulosas e as fotos de galáxias com câmeras DSLR não modificadas costumam ser muito mais sem graça do que aquelas tiradas por câmeras modificadas.

Infelizmente, parece que neste momento no Brasil não há nenhum profissional realizando  a modificação das câmeras DSLR para astronomia e parece que se quisermos modificar uma aqui, temos duas escolhas: 1- Enviar a câmera para um profissional no exterior; 2 - Botar a mão na massa.

Olhando o site indicado, parece que não é impossível para alguém com pouca experiência fazer o processo. Bem, pelo menos eu dou conta de desmontar um computador inteiro e parece que a modificaçã da câmera não incluirá trabalhos com solda, algo que nunca fiz e que certamente seria um obstáculo.

Pelo que vi há dois pontos de atenção que são críticos, a organização e a limpeza do ambiente. Também terei que tomar muito cuidado com estática. No momento fiz a lista dos passos que me parecem mais importantes:

1- Imprimir e ler o guia até cansar.
2 - Adquirir o filtro de um site no exterior, que certamente levará mais de um mês para fazer a entrega.
3 - Adquirir as ferramentas necessárias.
4 - Preparar o ambiente para a modificação.
5 - Estabelecer uma metodologia de organização
6 - Praticar o uso das ferramentas, principalmente em relação ao uso de colas.
7- Discutir o máximo possível o assunto com outros colegas e ler em fóruns sobre a matéria
8 - Rezar
9 - Botar a mão na massa.

Neste momento estou imprimindo o guia. O resultado foi um documento com quase 100 páginas. Nas próximas semanas devo ver em qual site devo pedir o filtro enquanto vou adquirindo algumas ferramentas. E um projeto longo. Quero realizar a modificação somente quando tiver certeza do que estou fazendo. Afinal, não é fácil arriscar uma câmera dessas.

Nebulosa M42 fotografada com uma Canon 350d modificada, crédito: Sven De Deyn

sábado, 15 de outubro de 2011

Testando a Neximage com fotos do Sol em 60frames

Recentemente descobri que muitas vezes a melhor forma de se fotografar planetas, o Sol e a Lua é filmar o mais rápido possível. Eu nem sabia que a Neximage conseguia filmar em 60 frames por segundo, normalmente minhas filmagens tem entre 10 e 20 frames por segundo. Depois que vi isso fiquei louco para tentar umas fotos com 60 frames. Infelizmente nos últimos dias estava difícil um céu sem núvens aqui em Brasília.

Mas hoje o céu abriu um pouco a tarde e pude, da janela do apartamento, apontar o Coronado PST para o Sol e tentar umas fotos. Fiz vídeos de 60 frames com em média 2000 frames e empilhei os 500 melhores de cada vídeo. Com o Fitswork juntei as fotos e fiz o belo mosaico que você vê abaixo. Eu queria ter feito a foto completa do Sol, mas uma série de problemas e falta de planejamento acabaram me atrapalhando. Até o meu sobrinho resolveu puxar o fio da câmera enquanto eu fotografava.

Mas gostei muito do resultado final, principalmente eu relação a contraste. Também gostei demais da participação de uma barata Shortbarlow 2x da Orion que foi usada nas fotos e conseguiu arrancar bons detalhes.

Atenção - Fotos tiradas com telescópio solar com filtro H-alpha. 
Nunca aponte um telescópio ou câmera fotográfica para o Sol sem filtro específico para isso.



Na foto abaixo eu mostro um frame único, que mostra que em 60 frames a gravação realmente ficou muito boa.

 


Eu estou na maior expectativa em relação a fotos solares, dentro de alguns dias deve chegar um filtro Baader C-ERF de 90mm que vai substituir o filtro de 40mm da objetiva do Coronado. Com ele, Vou adaptar o Coronado ao meu Refrator ED para construir um super telescópio solar. Também estou esperando tranquilizar minha situação um pouco para encomendar uma câmera Imaging Source. Com esses novos equipamentos espero conseguir fotos bem impressionantes. Aguardem.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Processando um novo Álbum do Quarto EBA


M27, perdida no céu estrelado da Chápada

Bem, aqui em Brasília não parou de chover nos últimos dias e a triste verdade é que até maio serão poucos os dias com céu limpo!

Enquanto isso resolvi reprocessar todas as minhas imagens tiradas no EBA e recolocá-las no Astrofotos.info, um site feito pelo ótimo Marcelo Domingues, do CASB, onde as imagens pode ficar com excelente qualidade.

Esses novos processamentos tem algumas características em comum. O objetivo é deixar todas as fotos praticamente com o tamanho original, sem o uso do crop. Elas tem o seu tamanho alterado apenas pelo uso de uma ferramento para diminuir o coma causado pelo telescópio. Esta ferramenta está disponível no IRIS. Todas as imagens também estão sendo redimensionadas na mesma escala, 33% do tamanho original, quase a resolução dos maiores monitores.

Eu não estou usando muito o Noise Ninja e não estou forçando muito nas cores. Estou tentando manter as cores originais das estrelas e por isso não dá pra forçar demais nas cores, pois isso muitas vezes acaba com o colorido original.

algumas imagens estão ficando excelentes, como a nebulosa Pata do Gato, acima, outras estão ficando mais simples, mas o resultado final, no geral, está ficando muito bom. Mais fotos devem ser inseridas nos próximos dias. Enquanto isso eu vou tentando sobreviver até a próxima estiagem. Não está fácil!


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Meu registro do halo solar em Brasília


Dias desses, chamou a atenção de todos aqui em Brasília a presença de um arco-íris enorme ao redor do Sol, um fenômeno chamado halo solar, causado pela presença de cristais de gelo na atmosfera. Eu estava passando pela Galeria dos Estados, próximo ao meu trabalho, quando notei que muitas pessoas estavam olhando para cima e tirando fotos. Quando olhei para cima, percebi o magnifico halo em volta do Sol.

Infelizmente eu estava somente com meu celular, mas aproveitando umas árvores que estavam próximas, fiz a composição que se vê acima. Até que ficou bem bonita. Eu queria ter postado essa imagem antes, mas que conhece esse blog, sabe que eu sou bem enrolado.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Meus Projetos Astrofotográficos para 2012

Em 2012 eu espero não ter mais que ficar assim!

Agora as chuvas voltaram com tudo no Distrito Federal. Por isso essa é uma época ruim para astrofotografia, principalmente quando se tem apenas uma janela para o leste e um pouco para o Sul, com impossibilidade de apontar o telescópio para perto do zenite. Eu não devo produzir muito nos próximos meses, mas não creio que vou desanimar, muito pelo contrário, nunca estive tão animado.

O projeto para o ano que vem é grande e poderá trazer frutos enormes para a astrofotografia amadora Brasileira. Veja abaixo qual as principais novidades que esperam este blog para 2012.

- Mudança de Apartamento para Casa - Um corretor já está marcado para vir aqui amanhã. Eu e minha esposa decidimos que não dá mais para morar em apartamento. Nós queremos ter filhos em breve e astronomia definitivamente não combina com apartamento. Com um bom terreno ao fundo eu sei que vou ter muito mais condições de tirar boas fotos do céu, até por que planejo ir para uma região mais periférica, com menos poluição luminosa.

- Transformação do Coronado PST num telescópio de 90mm - Isso mesmo, o filtro C-ERF de 90mm que irá substituir o de 40mm que acompanha o Coronado PST já foi comprado e deve chegar em algumas semanas. Aí é levar o Coronado para um torneiro mecânico fazer duas peças: O adaptador que propiciará encaixar a parte de trás do Coronado no Orion Premium ED de 102mm e o outro, que encaixará o filtro C-ERF na objetiva do mesmo telescópio. Será a fusão do Coronado com meu ED para um super telescópio solar.

- Aquisição de duas câmeras Imaging Source - Isso mesmo, estou planejando comprar duas Imaging Source. Pesquisei muito na internet e descobri que essa é a câmera ideal para mim, por ser leve o suficiente para não me obrigar a comprar outra montagem. Eu quero adquirir dois modelos: um com resolução 640x480 para usar como auto-guiagem e outra com resolução 1280x960 para fotos de céu profundo. quando elas chegarem, devo colocar a Neximage a venda.

sábado, 1 de outubro de 2011

A primeira Astrofotografia da História: A Lua por John Willian Draper - 1839


Primeira astrofotografia da história. Jonh Willian Draper - 1939

Eu tenho uma certa curiosidade sobre os primórdios da Astrofotografia. Sei que hoje tudo é mais fácil com telescópios computadorizados, câmeras digitais, e autoguiagem. Mas e no começo? Quando não havia computadores, e as câmeras usavam filme. Você consegue imaginar o esforço desses astrofotógrafos?

Pesquisando na internet, descobri que a primeira astofotografia  da história foi tirada por Jonh Willian Draper, em 1840. E foi, como não podia deixar de ser a Lua (todo astrofotógrafo começa apontando seu telescópio para a Lua, não é?

As primeiras fotos bem sucedidas saíram em 1840.
John Willian Draper era um astronomo amador. Então nós astrônomos amadores podemos comemorar. A primeira fotografia do céu foi tirada por um amador. Draper era na verdade químico e, é claro, sua primeira fotografia da Lua foi fruto da grande contribuição que ele deu na química usada em filmes. Não é a toa que ele foi o primeiro presidente da Sociedade Química Americana. Ele é considerado oficialmente o primeiro astrofotografo.