sábado, 31 de março de 2012

Testando um Refrator Acromático de 90mm para fotos de Aglomerados e Nebulosas


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Essa imagem, de Ômega Centauri mostrou a excelente resolução do refrator acromático, além da quase ausência de coma
Essa semana tive a oportunidade de fazer umas das coisas que mais me dá prazer e mais gosto de mostrar aqui no Blog, testar um equipamento não comumente usado para Astrofotografia de céu profundo. Trata-se de um Refrator Acromático de 90mmF10. É incomum por que refratores acromáticos não são muito usados para se fotografar DSO's, sendo mais comum, entre os refratores, o uso de EDs ou Apocromáticos. 

Esse acromático de 90mm, diga- se de passagem é na verdade o Orion Explorer de 90mm que eu tinha antes de comprar o ED de 102mm, e que vendi para um amigo. Esse mesmo amigo, como já possui uma DSLR estava querendo saber se poderia contar com esse acromático para astrofotografia, podendo adquirir apenas uma boa montagem para ter um setup completo, ou se teria que também adquirir um bom telescópio para isso. Deve-se ressaltar que aqui apenas o tubo ótico foi testado, já que seria impossível conseguir as fotos mostradas nesse post com a montagem Altazimutal não motorizada que acompanha o refrator. O tubo ótico foi colocado sobre a minha CG-5GT.

Haviam duas coisas que me preocupavam mais, a aberraçào cromática e o coma, já que se trata de um dubleto simplesz. É claro que a grande distância focal poderia ajudar a diminuir esse problema e era isso que queriamos saber.

A primeira diferença que senti ao colocar o Acromático sobre a minha CG-5GT foi no peso. Apesar de ser mais comprido do que o ED de 102mm esse 90mm é muito mais leve do que o ED. Também gostei de poder colocar nele a buscadora de 50mm com diagonal de 90 graus, já que o encaixe dos dois telescópios são iguais. Eu sou apaixonado por essa buscadora. Acho que nada pode ser melhor do que uma buscadora com diagonal de 90 graus, ainda mais de 50mm, por isso ter que usar a buscadora original do 90mm, uma eretora de 30mm seria certamente uma dificuldade.

Apesar da enorme poluição luminosa no Águas Claras em Brasília, nebulosas mais brilhantes, como a de Trífida, são possíveis de ser captadas quando próximas ao Zênite.
Na verdade, nós começamos as primeiras fotos já na semana passada, mas eu não havia ficado contente com os resultados, sentia que podia melhorar um pouco mais a qualidade, principalmente o alinhamento, então essa semana tentei mais algumas fotos, usando principalmente a minha câmera, que é modificicada para Astronomia, os únicos gargalos seriam a qualidade do acromático de 90mm e, é claro, a poluição luminosa de Brasilia, já que moro no Águas Claras, que fica entre o Plano Piloto e Taguatinga.

Acredito que as fotos falem por si só, mostram que, se meu amigo não tem um Takahashi em mãos, ele pode brincar por um bom tempo com esse tele antes de pensar em adquirir um mais avançado. Num céu sem poluição luminosa os resultados seriam muitos superiores ao mostrado aqui.

O que mais gostei:
  • O Telescópio é muito leve, forçando pouco a montagem.
  • Pouco coma, menor até do que o do meu ED de 102mm.
  • Ótima resolução.

O que não gostei. 
  • O encaixe de oculares, de 1,25mm não foi feito se pensando no peso de uma DSLR, quando o telescópio estava apontado para o zenite a câmera desceu algumas vezes, perdendo o foco. Eu recomendaria ao meu amigo fazer mais um furo para se colocar um outro parafuso no encaixe de ocular, assim a câmera ficaria mais segura (eu a amarrei no telescópio para não correr risco de quedas)
  • A cor que as estrelas mais luminosas ficam, com um leve halo púrpura em volta.
Para esta imagem da Nebulosa da Lagoa um filtro H-Alpha de 12nm foi utilizado para mais contraste

Pra terminar, eu e meu amigo com o Setup na varanda do apartamento!

sábado, 24 de março de 2012

A grande proeminência solar de 22 de março

Grande proeminência em 22 de Março de 2012, com processamento dublo (separa-se a borda do circulo do sol)

Eu estou gostando cada vez mais da DMK21AF04.AS, que chegou faz duas semanas. Ontem, notei que o céu estava azul no período da manhã, então resolvi tentar fotografar algumas proeminências solares com ela. O Resultado foi em minha opinião excelente, com algumas imagens de tirar o fôlego. Havia uma grande proeminência de que eu ja tinha ouvido falar e eu estava doido pra tentar umas imagens dela.

Mas uma vez que brilhou foi a Shorty 2x Barlow da Orion, que conseguiu tirar muitos detalhes do Sol, mas as dicas do grande Rogério Marcon, considerado um dos melhores astrofotógrafos do mundo, também ajudaram demais. Ele me disse principalmente que na hora de se usar os waveletes no Registax 6, deve-se usar apenas o primeiro. Eu tentei usar o mesmo esquema com fotos tiradas com a antiga Neximage, mas essa dica parece bem específica para a DMK21.


Nesta foto em consegui destacar a proeminência sem ter que separar as imagem. De qual foto você gosta mais? da de cima ou desta daqui?

terça-feira, 20 de março de 2012

A Imaging Source colocou uma foto minha na capa do perfil deles no Facebook.

Captura de tela da página da Imaging Source no Facebook, com minha foto nela.
Hoje tive uma bela surpresa, entrei no site da Imaging Source no Facebook e descobri que eles colocaram a minha foto no site deles nesta comunidade. Fiquei muito feliz com esse gesto. É um pequeno reconhecimento, mas de enorme significância para quem acabou de tirar as primeiras fotos com a DMK.

Eu sempre comentei em fóruns na internet ou mesmo aqui no Blog que minhas fotos solares só ficariam boas para valer com a chegada dessas pequenas câmeras. Foi lamentável a perda das duas que comprei de Portugal, mas serei reebolsado e acredito que em junho, já no período de seca, estarei com a DMK41, com quatro vezes mais resolução do que minha DMK21 atual.

A imagem deve ficar lá a semana inteira, você pode conferir clicando aqui, mesmo que ela não esteja mais na capa, vai ser fácil achar imagens minhas no mural da Imaging Source.

Vale dizer que a compra da DMK21 pela OPT ficou em cerca de 1300 reais com os impostos. Antes eu tinha feito a cotação no fornecedor Brasileiro e tinha ficado em 2250. Mil e tezentos reais pode parecer muito por uma câmera tão pequena, mas é uma câmera fantástica, produzida na Alemanha, muito superior a uma Neximage, que custa 600 reais no Astroshop,e é capaz de exposições de até 60 minutos, podendo inclusive fotografar com competência objetos de céu profundo (embora não com a mesma qualidade de uma câmera especializada neste tipo de objeto).

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Sol no fim de Semana - A estreia da DMK21

A pequena DMK21AF04.AS

As manchas 1435 e 1434 não são tão espetaculares como as 1429 e 1430 da semana passada, mas ainda são bem legais.

Finalmente chegou uma câmera DMK, da Imaging Source, aqui em casa e agora eu poderei tirar fotos realmente boas do Sol. Mas acredite, esta não é uma das DMKs que eu pedi da BrightStar em novembro passado. Dessa eu já recebi a confirmação dessa maravilhosa instituição chamada Correios, de que as câmeras foram estraviadas. Eu já suspeitava disso faz algum tempo, por isso acabei pedindo uma DMK21AF04.AS da OPT. Agora vou pedir o reembolso da minha compra com os Correios.

Mas esqueça-mos dos problemas. A DMK21 é uma câmera fabulosa, é realmente outro mundo ter uma câmera dessas nas mãos. Acredito que as fotos deste post já mostram isso. E olha que a captação foi sobre condições péssimas. As fotos foram tiradas à uma da tarde. Eu tive que levar o equipamento para a varanda, e o Sol estava muito forte, por isso estava praticamente impossível ver a imagem do Sol na tela do computador, o que tornou as configurações bem complicadas. Eu tentei improvisar com um lençol, mas ficou muito quente dentro e acabei até pingando suor no sensor da câmera ao trocar uma lente. Para mim a condição ideal para fotografar o Sol é protegido atrás de uma janela, que impede o excesso de luz de entrar no ambiente, trazendo conforto e boa visibilidade da tela do computador para ajustar as configurações. Eu teria tido isso às nove da manhã, mas o céu estava muito nublado neste horário, só consegui um pouco de Sol quando ele estava no Zênite. Eita epocazinha difícil essa das chuvas.


Eu demorei um pouco para me entender com fotografias da borda solar, mas muitas imagens interessantes devem vir em breve.
 


Feita a partir de uma única filmagem, sem o uso de mosáico, acho impressionante se conseguir uma imagem dessas com uma câmera com resolução de 640x480.


quinta-feira, 15 de março de 2012

Night in Brasília - Um time lapse gravado da janela do apartamento



Publico hoje meu segundo vídeo em Time Lapse, que na minha opinião é uma grande evolução em relação a minha primeira publicação nesse estilo. Na verdade não houve mudança na técnica de captura. A diferença foi marcada principalmente por ser uma noite propícia e por que a vista da janela no novo apartamente tem se mostrado absolutamente interessante do que a do apartamento anterior.
Eu ainda quero resolver um problema, a sequenciação das fotos foi feita no Windows Live Movie MaKer, mas eu achei que esse programa granula demais a imagem na hora de gerar os vídeos. Não é possível ver essa falha com o vídeo pequeno, como quando visto pela janela do Youtube, mas ao se colocar em fullscreen, numa resolução maior, isso fica evidente. Por isso estou aceitando sugestões de um bom e simples de usar programa de edição de vídeo.

Para a gravação foi usada a T2i em várias configurações, em algumas delas um notebook foi usado para controlar a captação através do programa EOS Utilities, que vem com a própria T2i e é encontrado gratuitamente na internet.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Bela foto de chuva e raios tirada no último domingo

Clique na Imagem para ver maior

Essa semana o céu fechou aqui em Brasília. Apesar disso, tenho me acostumado a ter pelo menos uma diversão nos dias nublados: esperar por belos quadros formados pelo conjunto entre a vista do meu apartamento, as nuvens e as tempestades que elas formam. No domingo fiz algumas sequências em Time Lapse num vídeo que devo publicar esse fim de semana. Entre as imagens que captei, está essa bela imagem de dois raios caindo no meio do Guará, no Distrito Federal.

Uma notícia: Eu finalmente estou com a DMK. Não vejo a hora do céu abrir para tentar as primeiras imagens solares.

Um grande abraço a todos!

domingo, 11 de março de 2012

O Sol no fim de semana

Imagem da mancha 1429 feita com a Canon T2i através do EOS movie Recorder

Muitos devem saber das expetaculares manchas solares que apareceram no Sol essa semana, que estão entre as maiores dos últimos tempo. Com destaque para a belíssima 1429. Eu andava fotografando pouco o Sol, provavelmente fruto da decepção da DMK que nunca chega. Mas com o Sol tão bonito como estava essa semana, decidi, mesmo com minhas cameras atuais que não são as melhores para este trabalho, tirar algumas fotos do astro rei do nosso sistema solar.

Eu comecei na sexta-feira, durante a manhã. Haviam algumas nuvens no céu e eu não teria muito tempo para fotografar pois precisaca ir trabalhar. Usei apenas a Canon T2i neste dia. Tenho notado que os resultados com esta câmera andam até superiores, em nível de detalhes, aos da Neximage, mas não me agrada usar a Canon para esse tipo de foto. Ela é muitp pesada e eu não ando confiando muito na peça que substituiu o focalizador do meu ED. Neste dia eu tive muitos problemas no empilhamento com o Registax, muito provavelmente devido as nuvens que cruzavam na frente do telescópio.

Já no sábado, resolvi usar a Neximage. Ela pode não ser tão eficiente quanto a Canon na captação de detalhes, mas pesa umas cem gramas e com o Amcap, torna-se muito fácil de usar. além disso, consegue gravar em 60 frames por segundo, o defeito é que gera vídeos bem grandes. O céu estava até mais nublado do que no dia anterior, mas parece que a Neximage não se importa tando com as nuvens como a Canon T2i, na hora de empilhar as imagens no Registax.

Mosáico com a mancha 1429 feito com a Neximage

Normalmente, para fotografia da borda solar, eu ainda prefiro a Neximage.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Primeiras imagens de céu profundo no novo apartamento: Nebulosa de Orion (M42) e Roseta

Nebulosa de Orion, fotografada da varanda do novo apartamento.
Esses dias decidi tentar as primeiras fotos de céu profundo no novo apartamento, no Águas Claras. Eu tinha dois motivos para me preocupar em relaçào ao novo local: a poluição luminosa, pois é uma área famosa pela quantidade de aranha-céus, e o fato de estar no décimo segundo andar, que poderia provocar vibração da imagem.

Felizmente não houve problema com a vibração. Na verdade, hoje percebo que não há grandes problemas em se deixar o telescópio num lugar alto se a construção for sólida, o mais importante é que ninguém ande perto do telescópio enquanto o sensor da câmera está aberto. Na pousada Citates eu havia tido problemas com trepidação, mas isso foi por que havia muitas pessoas no terraço enquanto eu fotografava e seria impossível pedir para que todas ficassem muito tempo paradas. No meu apartamento isso não acontece, pois só fico eu na varanda e notei que basta não ficar na varanda. Caminhar na sala ao lado durante as fotos não transfere a vibração.

Já a poluição luminisa é um problema bem diferente, embora um pouco menor no novo apartamento do que no anterior, provavelmente devido a algumas chácaras em frente, ela continua tão aterrorizante quanto antes. E o pior é que ela esta concentrada no leste e no norte, que é justamente para onde dá a vista do apartamento. A poluição é menor no Sul e no Oeste, mas infelizmente as próprias paredes do apartamento e do prédio onde moro bloqueiam essa vista.

Eu tirei dus fotos significativas. Numa fotografei Orion em luz visível, com frames de 1,5,20,40 e 60 segundos, conseguidos devido a um excelente alinhamento. Sim, eu estava conseguindo até 90 segundos de exposição, sem auto-guiagem, com estrelas redondinhas, só que com esse tempo de exposição, no ISO que eu estava usando, a imagem ficava praticamente branca.

Detalhe, mostrando somente a nebulosa
 
Na segunda foto, eu tentei uma das imagens mais ousadas que se pode pensar num local como o que moro. Simplesmente tentei fotografar a Nebulosa de Roseta, algo que normalmente eu só pensaria em fazer na chácara onde meus pais moram ou na Chápada dos Veadeiros. Mas eu queria testar o que um filtro H-Alpha de 12nm adquirido recentemente seria capaz de fazer. O resultado, após 34 frames de 90 segundos me surpreendeu.

Nebulosa de Roseta. Não é uma foto perfeita, é claro, mas se considerarmos que foi tirada do superpovoado Águas Claras, acho que foi uma conquista. Para essa imagem foi usado um filtro H-Alpha de 12nm

domingo, 4 de março de 2012

Fotos tiradas com o C11 de amigo

Orion, com o C11 sobre a CG-5GT. Não imaginei que montagem aguentaria tão bem um telescópio tão grande, mesmo para fotos de céu profundo

Ontem fui na casa de um amigo que possui um C11, um Cassegrain da Celestron com 11 polegadas de abertura. É realmente um telescópio fantástico, capaz de produzir imagens belíssimas. Então aproveitei para tentar algumas imagens com ele.

Não é tão fácil como parece. A gente até fica sonhando com imagens fabulosas, mas trabalhar com um equipamento que você não conhece é sempre mais complicado. Mesmo assim, arrisquei umas imagens com o C11. Nós não tinhamos uma montagem compatível com o telescópio. O meu amigo também tem uma CG-5, como a minha. É uma montagem considerada pequena para um telescópio tão grande. Mesmo assim, para ver o que dava pra fazer, arriscamos até imagens de céu profundo, como a de Orion, que você vê acima. Foram 30 frames de 15 segundos e mais 30 de 30 segundos, todos em ISO 1600, com a Canon T2i modificada.

Também tentamos algumas fotos planetárias, principalmente por que Marte estava em oposição. Esse teoricamente é o forte deste telescópio, mas não é o meu forte e nem o da Canon T2i, usada, mesmo assim, conseguimos algumas fotos roáveis, embora bem abaixo do que se pode conseguir com um telescópio destes.

Marte, com o EOS Movie Recorder

Saturno

sábado, 3 de março de 2012

Imagens da Lua conseguidas com o EOS Movie Recorder

Cratera Clavius, imagem captada ontem a noite da varanda do apartamento.

Eu estou gostando muito deste programa chamado "EOS Movie Recorder". Ele permite a você gravar vídeos com a Canon T2i e outras similares para serem processados no Registax, sem compressão. Dando assim, capacidade a uma DSLR da Canon de produzir não apenas boas imagens de céu profundo, mas também imagens planetárias e solares. 

Algumas pessoas chegam a dizer que é possível se conseguir imagens compatíveis com as DMKs da Imaging Source. Bem, eu não sei se chega a esse ponto, mas gostei muito das imagens que fiz da Lua ontem, em especial a da Cratera Clavius, que você vê acima. Eu gosto deste estilo de foto por que nem parece uma foto tirada por um telescópio, chega mesmo a dar a impressão que foi tirada por uma nave sobrevoando o solo lunar.

O truque para se tirar uma foto assim e procurar um bom alvo mais próximo da borda da Lua do que do centro, as crateras ficarão com um aspecto ovalado, o que dará impressão de 3d. Estar perto do terminator para que as sombras realçem as formas das crateras também ajuda. Mas o mais importante é girar a imagem no pós processamento para que ficam com o aspecto de que se está olhando de cima.

Abaixo vemos mais três imagens. Duas outras fotos tiradas ontem a noite e uma comparação com uma imagem feita ano passado, com o mesmo telescópio (o Orion Premium Ed de 102mm) e câmeras, mas técnicas diferentes.

Cratera Copernico

Cratera Platão e arredores
Comparação entre duas imagens da Cratera Copernico. a de cima foi feita ano passado, em frame único, com a Canon T2i e a Barlow da Televue, a inferior foi feita ontem, com os 250 melhores frames de um vídeo de 500 feito no EOS Movie Recorder e duas Barlows.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Nossa Estrela o Sol, de Adriana V.R. Silva, um ótimo livro para quem quiser saber mais sobre nossa estrela.


Em Astronomia, como em qualquer área de conhecimento, você começa com livros que normalmente tem "Astronomia" no título. Mas depois de ler vários livros de conteúdo geral, você pode achar que o assunto está ficando meio repetitivo. Acho que já até vi acontecer isso com alguns astrônomos amadores.

Esta é a hora em que você deve se aprofundar mais em temas específicos, e procurar não livros que tenham "Astronomia" no título, mas livros como "Nossa Estrela: O Sol", de Adriana V.R. Silva. Este pequeno exemplar, com cerca de 160 páginas, é uma excelente opção para quem quer conhecer nossa estrela mais a fundo. Trata-se de um livro de física voltado para nível médio, o que é excelente para alguém com nível superior, mas em Humanas, como é o meu caso. Nele estou compreendendo melhor muitas das coisas que fotografo no Sol, mas muitas vezes não entendo o funcionamento.

O livro explica, por exemplo, que um telescópio com filtro H-Alpha, como o Coronado, consegue o milagre de "apagar" a fotosfera solar e nos permitir ver a cromosfera, por que o telescópio H-Alpha capta apenas uma onda produzida pelo hidrogênio quando ele está a mais de 10 mil graus de temperatura. Como na fotosfera a temperatura não passa de 5 mil graus celsius, este telescópio permite que somente a luz da cromosfera chegue até nós.

O livro "Nossa Estrela: O Sol" pertence a coleção "Temas Atuais em Física", que apresenta outros títulos que podem interessar a astrônomos amadores, todos eles, em diferentes níveis, me interessam. Veja a lista:

  • A Luz - Ricardo Barthem
  • Do Transistor à nanotecnologia - Eduardo de Campos Valadares, Alaor Chaves e Esdras Garcia Alves
  • Microondas - Regina Pinto de Carvalho
  • Radiação ultravioleta: características e carcinogênes - Emico Okuno e Maria Apparecida Constantino Vilela
  • Supercondutividade - Fernanda Ostermann e Paulo Pureur Neto
  • Ondas e Bits - Mauro M. Doria e Francioli Marinho
 Um grande abraço a todos.